quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cidade dos Ossos

Olá! Realmente eu li, e não sei como descrever esse livro. São tantas coisas que você descobre ao ler cada página sobre a História de Clary, que você para, volta e re lê para ter certeza se é aquilo mesmo. Ele é grande e foi um livro que li tão rápido.. Bom, o livro é ótimo, e fala sobre o submundo, sobre Caçadores de Sombras, que matam demônios que vem atrapalhar a vida dos mundanos na Terra.
Clary, descobre que sua mãe foi no passado não só uma caçadora de sombras, mais sim, casada com o maior deles.Ao longo do livro,ela se apaixona por um deles, e ao fim do livro o mais surpreendente, é que depois que eles se beijam, os fatos começam a mudar, e eles conseguem oque precisam, salvar o cálice mortal, mas , como nem tudo da certo, ela descobre que é irmã de Jace, o caçador de sombras que tanto gosta, e também, seu pai, é um cara horrível, bom, é confuso , só lendo para se deliciar com essa história magnífica, vale a pena conferir!

Esse é o link do filme que fizeram baseado no livro, já foi para os cinemas esse é só a prévia.
http://www.youtube.com/watch?v=i4PCuOrizUc

Capa do livro !

O preço de uma lição.

Olá! O livro "O preço de uma lição" é um livro que conta as histórias de amor de um garoto,e prova que eles também amam, sentem ciúmes, e tem medo de perder oque mais é importante para eles. A história é de certa forma dramática e triste e fala sobre um garoto de 20 anos que se apaixona por uma menina de 15.
No começo tudo foi fácil, e até os pais dela concordaram com o namoro, era difícil eles brigarem, mais como nada é perfeito depois de um ano começaram a acontecer coisas que distanciaram os dois cada vez mais, e eles acabam terminando.
capa do livro.
Antes eles já moravam em cidades diferentes, mais elas eram perto uma da outra, agora ela se muda para Curitiba, e ele permanece em São Paulo. Depois de um tempo do término do namoro, ele recebe uma proposta de trabalho na mesma cidade que a menina está e ele resolve ir para lá, mais com a decisão de não falar nada para ela.
Ele constrói uma nova vida, e acontecimentos fazem com que ele perca o emprego,assim, um amigo volta do exterior precisando da sua ajuda, e eles começam a morar juntos, ele arruma um novo emprego, e a chegada dos seus outros três melhores amigos de infância,fazem que seu rumo seja outro, e ele resolve criar um livro, um livro contando sua história com a menina que fez ele aprender oque é ter uma pessoa consigo mesmo, amar, cuidar e compartilhar os momentos especiais da vida, independente de cor, idade, altura, ou religião, porque o amor, é maior e mais forte do que as pessoas podem imaginar !

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Fala sério, amor !

Olá!
 As pessoas normalmente não gostam de ler crônicas , por ser histórias curtas , e a maioria das pessoas preferem histórias longas , contadas por enormes sentidos e etc. Eu também sou dessas, mais algo me impressionou nesse livro, a autora conseguiu escrever crônicas de cada idade da garota, e mesmo sendo histórias curtas , seguiram uma ordem cronológica, oque é ótimo para quem não gosta de histórias "picadas e sem "sentido" algum. O livro é Fala sério, Amor ! da Thalita Rebouças , e segue a ordem de uma coleção Fala sério ! Os livros são compostos pelos seguintes livros: Fala sério, Mãe! - Fala sério, Professor! - Fala sério , Amor ! - Fala sério, Amiga ! e Fala sério , pai !
 Eu só tive a oportunidade de ler o "Fala sério, amor !" e espero poder ler os outros da coleção.
O livro já está disponível em duas capas , a antiga e a nova , que foi lançada agora..


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Clarice Lispector , a alma da literatura brasileira!



     Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.
A descoberta do amor
       “[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
       Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

Temperamento impulsivo
       “Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
       Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Lúcida em excesso
       “Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.

Ideal de vida
       “Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
       O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
       [...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”

Escritora, sim; intelectual, não
       “Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. 
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
       O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

A síntese perfeita
       “Sou tão misteriosa que não me entendo.”

A certeza do divino
       “Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”

Viver e escrever
       “Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
       “Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
       O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
       “Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.

A importância da maternidade

       “Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

Viver plenamente
       “Eu disse a uma amiga:
       — A vida sempre superexigiu de mim.
       Ela disse:
       — Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
       Sim.”

Um vislumbre do fim

       “Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”
Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.




Dom Quixote..

Dom Quixote foi um livro até bem interessante de ler , a conclusão que cheguei , é que ele era uma aventureiro que vivia nas nuvens, e que tudo para ele era uma batalha , e como sempre ele acabava perdendo.
Ele tinha um melhor amigo, que mais era medroso do que tudo , e amava comer!
Os dois juntos viveram imensas aventuras , e levaram para si mesmo a lição da forte amizade. Sua batalhas eram dedicadas a sua Dama ..
Ao fim Dom Quixote morre , não achei justa o jeito de sua morte , ele deveria morrer , fazendo doque mais gosta, lutando , enfrentando batalhas que só ele sabia enfrentar e encherga-lás.

Novelas de cavalaria.



A época do Trovadorismo foi caracterizada pela presença das novelas ou romances de cavalaria. As novelas surgiram na Inglaterra ou na França (não se sabe ao certo), através da transformação sofrida pelas canções de gesta (poesias), que foram prosificadas. As canções de gesta passaram a ser tão extensas que se tornou difícil de memorizá-las, passando assim a serem escritas em prosa, e deixando de ser cantadas para serem lidas.

Por definição, novelas de cavalaria são narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói, mesclados a emocionantes histórias de amor. Nestas histórias de amor, ao contrário do que se relatava nas cantigas, o herói não se contenta somente em ver e contemplar a amada, mas exige ser correspondido e concretizar este amor. Aborda também o chamado “Amor Cortês”, que retrata histórias de amor proibidas, nas quais o casal não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado cometido.
As novelas de cavalaria eram tipicamente medievais, histórias com temas guerreiros, e chegaram a Portugal no séc. XIII, circulando entre os fidalgos e a realeza. Eram traduzidas do francês, e portanto, naturalmente modificadas para adequá-las à realidade histórica e cultural de Portugal. A princípio, portanto, não havia novelas de cavalaria que fossem autenticamente portuguesas, todas tinham heranças do francês. Dentre as novelas mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”.
A matéria destas novelas foi, convencionalmente, dividida em três ciclos:
  1. O ciclo bretão ou arturiano: tinha como figuras centrais o Rei Artur e seus cavaleiros da távola redonda.
  2. O ciclo carolíngio: histórias giravam em torno de Carlos Magno e dos doze pares de França.
  3. O ciclo clássico: as novelas abordavam temas Greco-latinos.
Quanto à literatura portuguesa, porém, esta organização não tem fundamento, pois só o ciclo arturiano teve maior representatividade em Portugal. Não se conhece, na língua portuguesa, nenhuma novela que aborde os temas dos ciclos carolíngio e clássico.
No século XVI este gênero literário ainda continuaria a ser cultivado, mas com adaptações à nova visão de mundo, trazida através do Humanismo. Foram escritas novelas em português como “A Crônica do Imperados Clarimundo”, escrita por João de Barros, “O Palmerim de Inglaterra”, escrito por Francisco Morais; “O Memorial das Proezas da Segunda Távola Redonda”, escrito por Jorge Ferreira de Vasconcelos, dentre outras que vinham retratar a expansão portuguesa. O gênero foi cada vez mais “nacionalizado”, tanto linguisticamente quanto em relação às temáticas abordadas.